quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pratique mudanças!


Uma das histórias mais interessantes do lendário Lee Iacocca é aquela sobre o dia em que, dirigindo pelas ruas de Detroit, passa por um velho Mustang conversível. "Eureka! É disso que a Chrysler precisa!". Chegando à empresa, liga para o chefe da engenharia e solicita um carro conversível. O chefe da engenharia responde: "nosso ciclo normal de produção demora cinco anos podemos fazer uma força e reduzir para três anos". Iacocca esclarece e de bate - pronto: "Você não entendeu bem, quero um conversível ainda hoje! Peça que alguém leve um dos nossos carros novos para a oficina, arranque o teto convencional e coloque um conversível".

Iacocca conseguiu o carro modificado no final do dia e passou o resto da semana dirigindo aquela novidade pelas ruas. Percebeu que todos os que viam o carro gostavam. Um jeito empírico de fazer pesquisa de mercado. Resultado: o conversível da Chrysler estava na prancheta, na semana seguinte.

Às vezes os líderes precisam ser mais contundentes para provocar mudanças. É ruim ver empresas tocando processos de mudança a passos de tartaruga. Agem como se os negócios pudessem, mesmo, esperar. Essa crença de que mudanças devem ser lentas é apenas crença.

Os tempos estão cobrando novas atitudes, entre elas a agilidade e a flexibilidade nas mudanças. Não aquelas cosméticas, típicas do constante e inútil "mudancismo". Falamos, aqui, de mudanças cirúrgicas, capazes de oferecer um novo rumo para o negócio e construir um novo futuro.

Avalie as últimas intenções de mudanças que houve na sua empresa, e pergunte-se:

* o que impediu que pudessem ser implementadas?

* o que a empresa ganharia com a sua implementação?

* o que as pessoas ganhariam com a sua implementação?

* o que impede de fazer tais mudanças de uma vez por todas?

Um dos impedimentos mais comuns, quando se trata de fazer mudanças, é o custo. Quase sempre é possível escolher entre dois jeitos: um, caro e outro, barato. Não espere ter dinheiro, use a forma barata.

Outro impedimento é o medo de tentar e de errar. O fracasso também tem o seu lado bom: o aprendizado de como não se deve agir. Acredite, é importante!

Uma terceira barreira que impede a realização de mudanças é a busca da perfeição. Assim como no caso do custo, também existe um jeito bom e outro ótimo de fazer as mudanças. Opte pelo bom e transforme-o em ótimo enquanto a mudança acontece! Lembre-se do que dizia Winston Churchill: "onde se lê perfeccionismo, lê-se pa-ra-li-si-a".

Mudança é como futebol, quanto mais se tenta acertar o gol, mais se acerta. E todos erram 100% dos chutes que não são dados. O segredo é praticar!

Roberto Adami Tranjan

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