sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um líder consciente não pode terceirizar suas relações



Por Vicky Bloch
Capacitar um profissional para o comando é algo relativamente simples. Está disponível para quem quiser um infinito número de treinamentos, cursos de formação e ferramentas de todos os tipos para ensinar gente a gerenciar equipes, áreas ou empresas.
Não estou desmerecendo o papel de quem está em uma posição de chefia. Sei o quanto é árduo o mundo corporativo e como é preciso trabalhar duro para subir na carreira. O profissional em cargo de gestão provavelmente recebeu ou conquistou o poder de mando por seus próprios méritos. E, por intermédio da autoridade adquirida, exerce influência sobre as pessoas, pensamentos e opiniões. Mas daí a exercer efetivamente uma liderança vai uma boa distância.
Liderar deve ser um ato de cidadania e não a realização de um sonho de juventude de se sentar na cadeira de chefe e ganhar plaquinha com seu nome na porta da sala. A liderança transformadora, que fará diferença para uma organização e para a sociedade, emerge de uma motivação íntima e legítima de ajudar. Tenho dito com frequência que está faltando solidariedade dentro das organizações. Infelizmente, tenho notado que os gestores estão desencantando as suas equipes. As pessoas não sentem mais vontade de ir para o trabalho.
Afirmo, contudo, que é possível, sim, liderar equipes e organizações de um modo diferente. Teremos uma sociedade mais equilibrada e com valores sólidos quando os líderes empresariais, sejam eles acionistas ou gestores, priorizarem as relações sustentáveis com as pessoas.
Os verdadeiros líderes nos negócios têm consciência do seu legado e da sua opção por exercer a cidadania por meio do seu cargo de gestão. Sabem que não estão ali por acaso, encaram o processo como uma missão de servir ao outro e levá-lo a construir um espaço maior do que ele possui hoje.
Para esse profissional, pouco importa a placa na porta da sala. Muitas vezes, sua sala nem sequer tem uma divisão que o separa completamente dos demais. Ele não é motivado pelo status, mas pela possibilidade de influenciar o meio e propiciar o crescimento de pessoas - sejam empregados, clientes, fornecedores ou a comunidade. As pessoas que admiramos provavelmente se destacaram mais pelo que fizeram aos outros do que a si próprias. Comprometeram-se com causas e inspiram por atuarem de uma maneira que gostaríamos de reproduzir.
Líderes que criam esse ambiente influenciam positivamente a autoestima do seu time por mostrarem que existe um interesse genuíno pelo desenvolvimento do grupo. Essa liderança tem autoridade moral para falar e ser ouvida. São chefes que reconhecem, premiam e reconstroem. São dotados de uma visão holística de organização e de sociedade. Promover esse sentido de comunidade junto aos stakeholders é exercer a cidadania.
Não existe metodologia ou treinamento para se importar mais com as pessoas. Estamos falando de uma atitude perante a vida. Nossos modelos nos deixaram um legado e, certamente, não foram treinados para isso em um workshop de liderança. Esses líderes são reconhecidos como representantes de uma comunidade. Não se trata de heróis, mas de gente comum que, com um pouco mais de trabalho e de reflexão, compreende de forma diferenciada as necessidades dos que lhe cercam.
O líder consciente acolhe as pessoas como elas são, enxerga um indivíduo como uma totalidade de papéis. Ao agir com cidadania, gera uma sinergia entre os vários elos da cadeia produtiva, dentro e fora da organização. Somente dessa forma ele é capaz de exercer a liderança na plenitude e gerar resultados sustentáveis. Pequenas atitudes, como não deixar os consumidores se sentindo órfãos de atendimento ou estar presente na reunião de pais da escola de seu filho, são fortes evidências do quanto um líder realmente se importa com as pessoas.
Assim como uma mãe tem que tomar cuidado para não terceirizar a criação dos seus filhos, um executivo não pode cair na armadilha de terceirizar suas relações e contratar instituições para cuidar daqueles que diz respeitar e amar. Por maior que seja a pressão no dia a dia, coloque-se por alguns instantes no lugar da sua família, do seu funcionário, do seu cliente e do seu fornecedor, que lhe pedem um pouco mais da sua atenção. Seja atencioso e procure dar o melhor atendimento possível.
Vicky Bloch é professora da FGV, do MBA de recursos humanos da FIA e fundadora da Vicky Bloch Associados

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

5 passos para ser amado pelos seus funcionários



Reforçar as habilidades de cada colaborador e montar times complementares ajuda a manter a equipe motivada, dizem especialistas
Daniela Moreira, Revista Exame

O sucesso de um negócio está diretamente relacionado à capacidade do empreendedor de montar um time qualificado e motivado para apoiá-lo no dia a dia.
Confira, a seguir, cinco dicas de especialistas em gestão de pessoas para tornar-se um líder admirado e respeitado pelos seus funcionários.
1. Não seja um chefe, seja um líder
O gestor que comanda pela intimidação está com os dias contados, segundo Richard Vinic, professor de cursos de pós-graduação da Faap. “O chefe manda, o líder influencia. O colaborador só responde ao chefe porque se sente coagido. A nova geração que está entrando no mercado não faz as coisas simplesmente porque alguém manda”, alerta o especialista. De acordo com ele, a autoridade não pode vir do poder. Para ser um bom líder, é preciso conquistar a admiração e o respeito da equipe. “Tem que mostrar que tem conhecimento”, enfatiza. Para o especialista, o bom gestor deve ser um “coach”, ajudando os colaboradores a desenvolver suas habilidades.
2. Tenha uma abordagem positiva.
No mundo corporativo, os funcionários costumam ser avaliados mais por suas deficiências do que por suas virtudes. Para Lilian Graziano, professora de gestão de pessoas da Trevisan Escola de Negócios, é preciso inverter essa lógica. “As empresas estão organizadas em torno dos ‘gaps’. A avaliação é sempre pra falar o que tem de ruim. O gestor que quer ter um ambiente positivo tem que olhar para o que seus funcionários têm de melhor”, destaca a especialista.
3. Reforce o que cada um tem de melhor
Para Lílian, as empresas erram ao tentar desenvolver a força habilidades que os funcionários não têm. “O gestor faz um esforço enorme para fazer com que o funcionário seja medíocre na competência que não tem. Quando você estimula o que ele tem de melhor, ele pode se tornar excelente naquilo”, justifica.
4. Monte times vencedores.
Mas como preencher as lacunas que serão deixadas no processo? Segundo Lílian, reunindo profissionais com competências complementares em um único time. “Monte equipes de trabalho olhando para as forças que serão necessárias”, explica. “Assim todos trabalharão na sua zona de excelência, suprindo as deficiências uns dos outros”, conclui.
Segundo Vinic, o gestor não deve se sentir intimidado pelo talento ou pela diversidade de opiniões de seus subordinados. “Não tenha medo de ter na equipe pessoas que saibam coisas que você não sabe. Para ter um time forte, é preciso ter pessoas que pensam diferente trabalhando juntas”, aconselha. “No pequeno empreendimento, isso é ainda mais critico. É a equipe que ajuda o negócio a crescer”, acrescenta.
5. Ouça quem está com a mão na massa
Muitas das estratégias traçadas por negócios de portes diversos fracassam não porque eram ruins, mas porque não foram bem executadas. Isso acontece porque elas são desenhadas sem levar em conta a opinião de quem está colocando a “mão na massa”. “Quem está na ponta é o time. Se o gestor não ouvi-lo, perde oportunidades”, destaca Vinic. Além de se sentir valorizado, o funcionário que participa da definição das estratégias tende a se comprometer com elas de fato, aumentando as chances de sucesso.


Daniela Moreira, Revista Exame

domingo, 23 de outubro de 2011

Antes q exploda! 6 dicas fáceis para evitar 1 surto de estress


Antes que exploda

6 dicas fáceis para evitar um surto de estresse

Levante sua mão se o que vem a seguir for verdade.

Seu chefe cita o programa de TV O Aprendiz para falar de resultados.

Sua equipe é constituída de diferentes espécies: um bando de animais.

Você escuta seu sangue bombeando, sente o gosto da adrenalina, sente o suor pelo corpo, enquanto seu nível de estresse sobe, sobe, sobe… e então você explode.

Tudo bem, abaixe a mão.

O estresse no trabalho acaba com a gente.

Detona nossa saúde e nosso estado de espírito.

No corpo, causa tensão muscular, problemas digestivos, alterações na pele, variações da pressão arterial e aumento de colesterol.

O emocional também sofre.

O estresse aumenta a ansiedade, a apatia, o risco de crises de pânico e a irritabilidade. Ou seja, nos transforma em um fósforo que queima de segunda a sexta.
"Além disso, ele compromete a qualidade dos nossos relacionamentos e acabamos perdendo o apoio de pessoas queridas."
A. rma Marilda Lipp, diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress, em Campinas.

A partir de agora, lembre-se dessas dicas para se controlar.

Porque o trabalho pode não ser a sua vida.

Mas é parte dela.

DISPENSE O CAFÉ.
Cafeína é o estresse em estado líquido: ao mesmo tempo incentiva a produção de adrenalina e diminui a adenosina, um relaxante natural do cérebro. "Eliminar a cafeína dá mais resultado do que qualquer outra estratégia para reduzir o estresse", diz o americano David B. Posen, especialista em estresse e autor de Always Change a Losing Game ("Sempre mude um jogo perdido").
Posen afirma que 75% de seus pacientes "descafeinados" se sentem mais relaxados e com mais energia - garantida por um sono melhor. Para evitar as dores de cabeça da abstinência, o médico sugere que se reduza a cada dia uma xícara, começando pela última diária.

ORGANIZE-SE.
Pergunte a David Allen, autor de A Arte de Fazer Acontecer (Editora Campus), qual é o maior fator de eliminação do estresse no escritório e sua resposta será imediata: organização.

"É o item mais necessário e o que mais está em falta."
Mesmo os hábitos mais básicos de organização podem, acumulativamente, fazer você ganhar horas numa semana de trabalho.

E, claro, mais tempo significa menos estresse.

Qual o hábito mais valioso de Allen? "Minha checagem no final da semana. Confiro meus e-mails e minha lista de tarefas. De longe, é meu tempo mais bem empregado." Graças a essa bendita hora de planejamento na sexta-feira, ele não se estressa quando chega ao trabalho na manhã de segunda.

VIGIE A SI MESMO.
Curvado sobre o teclado?
Sentindo os músculos dos ombros tensos, amarrados em um nó?
Sim, e você provavelmente não percebeu isso até parar um instante para pensar.
Se nós tivéssemos um pouco mais de cérebro, pensaríamos mais no assunto. Pesquisadores da Universidade de West Virginia (EUA) descobriram que os níveis de estresse das pessoas analisadas caíram até 54% após um programa de dois meses de "treinamento da mente alerta".
Isso é, simplesmente, prestar mais atenção nos sintomas do estresse, como sentir os músculos tensos e ter pensamentos dispersos, sem foco ou concentração.
A boa notícia: você não precisa de um curso de dois meses para obter os resultados. "Apenas alguns pequenos ajustes na rotina podem render grandes benefícios", diz a médica americana Kimberly Williams, autora da pesquisa.
Isso significa ficar atento quando seus pensamentos começam a correr em sua cabeça de forma desordenada ou sua respiração fica acelerada. Ao notar alguns nós em seus ombros, você pode…

FAZER O RELAXAMENTO "PC".
Para o inferno o "politicamente correto".
Isso aqui é para aqueles que estão acorrentados a um PC, o computador. "Quando estressamos, normalmente nos curvamos para a frente para focar a visão no que estamos fazendo", diz Neil Chasan, terapeuta corporal de Seattle (EUA). "Isso força demais os músculos do pescoço e das costas.
" Para um alívio rápido, faça como Chasan quando ele está amarrado a uma mesa de trabalho:

1) junte as mãos atrás da nuca e abra bem os ombros;

2) deixe sua cabeça cair para a frente até seu queixo quase encostar no peito e aproxime seus cotovelos, tentando encostar um no outro;

3) puxe as mãos para baixo por alguns segundos, depois solte-as.

4) Repita seis vezes quando sentir os músculos tensos.

COMPRE UM NOVO MULTIVITAMÍNICO.
Engula uma pílula antiestresse.
Em um estudo da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, com homens entre 18 e 42 anos, pesquisadores ingleses descobriram que aqueles que tomaram diariamente um complexo com muita vitamina C e as vitaminas do complexo B tiveram redução de 20% em sua ansiedade. O melhor: os homens que tomaram as vitaminas se declararam menos cansados e com maior capacidade de concentração.

JOGUE SUAS MÃOS PARA CIMA.
E comece a fazer malabarismo.
"Malabarismo me faz levantar da cadeira", diz David B.Posen, admitindo que suas limitadas habilidades acabam ajudando.
"É difícil equilibrar três bolinhas sem rir de si mesmo."
Mais: é impossível pensar no trabalho quando você está concentrado no malabarismo.
E aqui está a meta: incluir na agenda diária cinco minutos de diversão / distração.
Você pode comprar três bolinhas de tênis para equilibrar.
Fazer bolinhas de papel no escritório sai ainda mais barato e pode funcionar muito bem.

Por: Mike Zimmerman

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Será que os maus-caracteres sempre vencem?


Infelizmente, preciso reconhecer que muitos profissionais antiéticos e maus-caracteres ocupam cargos importantes nas empresas. A quantidade de gente que me procura para reclamar de situações reprováveis de seus chefes é infindável. Nunca imaginei assistir a um triste cenário como esse. São líderes arrogantes, que puxam o tapete de quem está em volta, faz o impossível pra detonar o colega que trabalha honestamente e por aí vai.





Pessoas do mal sabem muito bem como aparecer bem para seus superiores e tirar do caminho quem quer que possa atrapalhar sua corrida ao topo. Conseguem derrubar talentos por medo de terem concorrentes disputando o mesmo espaço. O mau caráter ganha força em ambientes competitivos. Sem dó nem piedade, vai exterminando devagarzinho, um por um, até conseguir o que deseja. E o pior é que sempre conseguem enganar  seus superiores .
O mau caráter manipula dados, forja informações, cria um ambiente de fofoca. Tudo pra se dar bem. A minha esperança é que um dia as organizações comecem a abrir os olhos pra pessoas desse tipo, que só atrapalham o avanço da própria empresa. Vai chegar um dia em que o sucesso do mau caráter será temporário e ele não vai conseguir enganar a todos o tempo todo. E você aí, conhece alguém desse tipo?
Dicas sobre carreira e comportamento em  http://twitter.com/juliocardozo

sábado, 15 de outubro de 2011

Agir como dono - Intra-empreendedorismo





Com a concorrência que estamos vivendo nos últimos tempos, as empresas precisam inovar e diferenciar-se em alguns aspectos, pois os equipamentos são muito semelhantes ou até mesmo iguais e de alta tecnologia, os processos geralmente são parecidos e os produtos estão cada vez melhores, dificultando uma diferenciação.
Diante disso, as empresas estão percebendo um aspecto muito importante que é o valor das pessoas dentro das organizações, pois elas fazem a diferença. As pessoas que trabalham como se fossem donas do negócio desenvolvem uma capacidade de ver os problemas e as oportunidades com outros olhos, pois estes colaboradores pensam no longo prazo e na perpetuidade do negócio. Como o intra-empreendedor tem o objetivo de ter vida longa na empresa, sabem que as decisões boas ou ruins tomadas hoje refletirão no amanhã.
As organizações já compreenderam que este perfil profissional agrega valor a empresa, pois ele está sempre buscando a superação no que faz, procurando atender cada vez melhor os clientes internos e externos. Além disso, ele está atento ao mercado e procura de forma ágil transformar a teoria em prática.
Mas para que seja desenvolvido este perfil a empresa precisa incentivar os profissionais a tomarem decisões e não puni-los quando a decisão não foi acertada,  pois a punição poderá colocar tudo a perder no desenvolvimento do intraempreeendedor. Também é preciso envolver as pessoas nos processos, escutando-as e acolhendo suas idéias e incentivando-as a se desenvolverem como pessoa e profissional. A comunicação interna também é muito importante neste processo, pois as pessoas precisam saber onde e porque trabalham e a importância de sua função na organização.
O consultor GiffordPinchot, que estabeleceu o conceito de intraempreendedorismo no Brasil, estabelece 10 Mandamentos do intraempreendedor:

1) Forme sua equipe. Intraempreendedorismo não é uma atividade solitária.
2) Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas.
3) Solicite aconselhamento antes de pedir recursos.
4) É melhor prometer pouco e realizar em excesso.
5) Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente de sua descrição de cargo. 
6) Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão.
7) Tenha sempre em mente os interesses de sua empresa e dos clientes, especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra ou evitar a burocracia.
8) Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido.
9) Seja leal à suas metas, mas realista quanto ás maneiras de atingi-las.
10) Honre e eduque seus patrocinadores.

Por fim o intraempreendedor é um apaixonado pelo que faz, dedicado, pró-ativo, busca oportunidades ocultas que geram resultados, são autoconfiantes, decidem, curiosos e persistentes.
Se você se enquadra nestas características procure desenvolvê-las cada dia mais e esteja certo que sua dedicação não será em vão,


Autor: Fernando Pedro de Oliveira
@fernandopoliver

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Um líder carismático gera novos líderes?

A perpetuação da empresa precisa de líderes educadores.

Na quarta-feira dia 5 eram 18h00 e estava terminando uma aula quando veio pelo twitter a notícia da morte de Jobs. Uma mistura de tristeza e de dúvida veio a minha mente. Tristeza, pois o Steve Jobs era uma figura carismática, um líder inovador e ter vivido e utilizado algumas de suas invenções o fez uma pessoa querida. Dúvida em relação ao futuro da Apple que Jobs fundou, foi demitido, voltou e a transformou na empresa mais valiosa em agosto de 2011.'


Jim Collins no seu livro “Feitas para vencer”, relata que as organizações lideradas por indivíduos carismáticos tendem a ficar na deriva quando eles partem de forma abrupta. Um exemplo citado pelo autor é a Disney quando Walt faleceu. Foram quase 10 anos de inércia e falta de rumo.

O líder carismático gera admiração e isso facilita muito a influência dele no dia a dia. Esse carisma permite unir o grupo por uma causa e também dificulta o próprio grupo no questionamento das decisões do líder. As pessoas tendem a perdoar as falhas e mitificar as suas conquistas. Essa dependência de Jobs será colocada a prova nos próximos anos. Vale lembrar que o período que Jobs ficou fora da Apple foi um dos mais difíceis para a empresa.

As pessoas que estão no poder na Apple são desconhecidas para muita gente, e será difícil imaginar que elas assumam as dimensões míticas de Steve Jobs. Michael Gartner, um conceituado analista de tecnologia disse que “a única coisa que certamente mudará na Apple agora é que não vamos mais ver apenas uma só pessoa que se apresente como manifestação física de tudo o que é Apple”. Estarei na torcida para que essa transição da liderança na empresa mais desejada atualmente seja o menos caótica possível.

Collins sugere quatro ações para que um líder coloque o seu carisma a serviço da organização:

Lidere com perguntas, não com respostas;
Envolva-se no diálogo e no debate, não na coação;
Faça autópsias, mas não jogue a culpa nos outros;
Crie mecanismos de “bandeira vermelha” (mecanismo que possibilite a liberdade de opinião);

A Dicaduka é Stay hungry, stay foolish! Foi que essa frase que Jobs encerrou o já legendário discurso na Universidade de Stanford, ou seja, mantenha-se faminto por coisas novas, mantenha-se certo de sua ignorância. Continue ávido por aprender, continue ingênuo e humilde para procurar. Tenha fome de vida e sede de descobrir.





Paulo Campos / 2011.10.13

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Padrões mundiais de liderança ajudam relacionamento com equipe



Daniel Ramirez, presidente da Eagle’s Flight Brasil, falará noHSM ExpoManagement 2011 sobre as qualidades do líder como fatores-chave na gestão de pessoas e talentos

Harmonia da equipe e a gestão eficiente do capital humano são fatores que estão cada vez mais apreciados entre as competências dos gestores. Segundo uma pesquisa do Instituto Gallup, 67% das pessoas que pedem demissão não o fazem por insatisfação com seu cargo, mas sim por conta do modo de agir de seus líderes.

“Cada vez mais, as pessoas são o maior diferencial competitivo de qualquer corporação e devem ser tratadas como tal. Porém, quando elas não estão satisfeitas e não têm um líder que as incentive, a produtividade cai e fica muito mais difícil retê-las”, explica Daniel Ramirez, presidente da Eagle’s Flight Brasil.

O gestor que ministrará a palestra “In your hand - Os comportamentos de um líder world-class” na HSM ExpoManagement 2011, que acontecerá entre os dias 7 e 9 de novembro, lembra que o aumento das oportunidades de trabalho no Brasil tem sido um dos fatos que têm tornado profissionais de diversas hierarquias menos tolerantes à lideranças ineficazes.

Para Ramirez, mudar de emprego está mais fácil e, por isso, os gestores brasileiros que não mudarem seu modo de liderança ficarão cada vez mais suscetíveis à concorrência de perderem seus melhores colaboradores para as empresas internacionais, habituadas com outros padrões de gestão.

Se por um lado as expectativas são boas, para o empresário, o interesse dos líderes brasileiros em aprimorar seus processos de liderança tem aumentado ano após ano.

“A consciência existe, mas a dificuldade está em promover algumas mudanças de comportamento. O líder deve entender que sua função é cuidar para que seu time se desenvolva, estando próximo das pessoas e não como uma figura isolada em sua sala”, alerta.

Para dar início a essas mudanças e atingir os padrões mundiais de gestão,  o líder deve seguir três importantes lições:

●   Seja um exemplo nobre. Não é preciso ser um super-herói, mas sim possuir firmeza de caráter e ser um modelo de ética e de competência técnica para seus liderados.
●   Entenda que coaching não é uma tendência. O interesse genuíno em ajudar a equipe a melhorar é uma premissa da liderança e deve ser uma atividade permanente. Mais do que uma ocasião especial, é parte da rotina do líder e se inclui em seu rol de responsabilidades.
●   Saiba exigir resultados. O líder deve ser intolerante com a falta de resultados, porém à medida em que ele assume seu papel de liderança e conduz o coaching de modo correto, as metas se tornam parte inerente ao processo e a cobrança é cada vez menos necessária.

Portal HSM

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A DESMOTIVAÇÃO NO TRABALHO




ABRAHAM SHAPIRO

Façamos uma rápida avaliação. Que tipo de colaborador você tem sido na sua empresa? Você está entre os que vão ao trabalho e fazem apenas o suficiente para continuar empregados? Ou entre os que têm ousadia para inovar?

Uma consultoria norteamericana, com filial no Brasil, acaba de concluir pesquisa revelando que 31% dos funcionários estão acomodados no emprego. O estudo, que define esses profissionais como "inefetivos", foi feito com 260 mil trabalhadores de 85 empresas de todos os setores - indústrias de base, de transformação, serviços, setor público e terceiro setor.

“Inefetivos” são os trabalhadores que entregam menos do que podem. Não se sentem engajados com a empresa e acham que não dispõem de suporte necessário para desenvolver suas atividades. Esse tipo de trabalhador costuma permanecer na organização por causa do salário e até porque gosta dos colegas. Ele vive uma "aposentadoria mental", e mesmo com responsabilidades, não tem sonho de crescimento e nem investe na sua formação ou qualificação.

A desmotivação é o que empurra o profissional para a acomodação. Ela é detectada em todas as áreas, níveis hierárquicos e idades. Em muitos casos, a organização não oferece possibilidades de crescimento e o retorno, inclusive financeiro, não é o esperado pelo funcionário, que começa a ficar desestimulado. Geralmente ocorre quando o trabalhador tem de quatro a cinco anos de empresa. É quando ele se acomoda na empresa e na carreira.

Ao identificar um profissional acomodado, o gestor tem como reverter a situação. Deve, por exemplo, propor mudança de área. A empresa também pode contribuir por meio de algumas ações, como comunicar com transparência os rumos do negócio, passar visão otimista à equipe e oferecer maior autonomia ao funcionário.

A solução, porém, está nas mãos do profissional. Jogar a culpa e a responsabilidade na empresa não é a melhor saída.

Se isto é o que se passa com você, pergunte-se o que pode fazer para mudar o quadro. Leia, faça um curso de reciclagem, contrate um coaching, mas dedique-se à cura deste mal profissional, pois, não é a empresa que está com problemas, e sim você.

Mude-se para promover mudanças externas.