terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Como melhorar a sua produtividade

Marta Campello
Professora da Fundação Dom Cabral 

Alguma vez você já teve aquela sensação de estar “enrolando” no trabalho, sendo pouco produtivo ou deixando de “dar o máximo de si”? Saiba que este sentimento é mais comum do que se imagina e nem sempre a culpa é do suposto “preguiçoso”.

Muitas vezes a própria empresa dispõe de condições pouco adequadas para o bom desempenho dos seus funcionários. Entre outros fatores, podemos destacar chefes despreparados ou, ainda, profissionais desinteressados pelas atividades desempenhadas diariamente.

Há pesquisas que indicam que as pessoas aproveitam apenas 85% do tempo total que dedicam ao trabalho. Ou seja, os profissionais estão realmente deixando de explorar ao máximo a sua capacidade ou o seu potencial para elevar a produtividade das empresas.

No entanto, a questão da baixa produtividade pode ser vista sob dois aspectos: o trabalho em si e o próprio trabalhador. Quanto ao primeiro, deve-se ressaltar que a gestão das empresas – por vezes confusas, mal estruturadas ou cheia de burocracias e procedimentos que não levam a lugar nenhum – podem interferir no bom desempenho dos processos. Nessas organizações, os profissionais não vêem muito sentido nas atividades que realizam e perdem rapidamente o interesse por suas funções.

Nessa categoria, estão também aquelas atividades que não agregam nenhum valor e que se não forem feitas não farão diferença. É comum, inclusive, quando questionadas sobre a execução de certas tarefas, as pessoas afirmarem: “mas sempre fizemos assim”.

O segundo aspecto compreende o fato dos brasileiros serem muito relacionais e gostar de fazer contatos interpessoais Reuniões para, por exemplo, compartilhar informações e estratégias agregam valor e podem contribuir para o comprometimento do profissional com a organização. No entanto, em excesso, podem tomar um tempo que poderia ser investido em produção. Até mesmo porque muitas reuniões são demasiadamente longas, perdem o foco ou são permeadas por assuntos paralelos como família, amigos e hábitos.

Para mudar essa situação e se tornar mais eficientes, as empresas devem rever seus processos e procedimentos. Por outro lado, as pessoas devem investir em suas carreiras, pois as organizações precisam de profissionais competentes para atuar em um mercado que tem se tornado mais complexo e exigente. Nesse sentido, é fundamental que as pessoas se identifiquem com o seu trabalho, o que pode gerar melhores resultados para a empresa e maior satisfação para os profissionais.

Também não resta dúvida que um bom gestor tem tudo para contribuir nesse processo, fazendo com que as pessoas compreendam o valor de determinada função ou atividade e despertando mais motivação para sua equipe.

Por fim, vale lembrar que, com a utilização da tecnologia, alguns fatores de dispersão, como sites de relacionamento ou ferramentas de interação social, estão disponíveis e podem ser acessados nas empresas. Além disso, com o fim das paredes e divisórias, os ambientes de trabalho são hoje espaços coletivos, onde há pouca privacidade. Assim, uma conversa ao telefone torna-se quase uma comunicação em grupo.

Não faltam motivos para a dispersão no trabalho, contudo é preciso reduzi-los para se garantir a produtividade e o bom resultado dos negócios. No atual cenário, as empresas precisam contar, sobretudo, com bons profissionais, focados nas suas atividades e comprometidos com a plena utilização de sua capacidade produtiva.

Fonte: http://www.fdc.org.br/pt/blog_pessoas/Lists/Postagens/Post.aspx?ID=5

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