segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Quais os principais desafios para criar uma boa equipe.

Entrevista realizada com Paulo Campos pela repórter Paula Weidlich da Escola de Negócios Estação Business School.


Parte 1


Parte 2



Quem é Paulo Campos?

Entre aqui e confira:
http://vocesa.abril.com.br/blog/mochileiro-corporativo/about/

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Crise: a hora dos grandes executivos

  
Por Celso Campos
Consultor e chefe da
Apex Executive Search



É sabido que crise existe sim, e está à nossa frente. Mas já faz muito tempo que ouvimos falar em crise. Aliás, superar crises é o que fazemos durante toda a nossa existência, sejam elas de saúde, sentimentais, familiares, sociais ou profissionais. Os momentos de grande decisão também são exemplos de crise: a difícil escolha da profissão e, em seguida, a de ser patrão ou empregado, só para começar. Precisamos superar estas crises para seguir em frente, mas muitos de nós preferem fazer como a hiena Hardy, do desenho Lippy e Hardy, que ficou famosa porque repetia, sempre que havia um problema: “Oh, dia! Oh, céu! Oh, azar! Isso não vai dar certo...”. É muito comum entre nós, seres humanos, colocar a culpa da nossa acomodação em alguém ou na crise do momento. Já é hora de virar o jogo.
Quando eu estava no início de minha carreira profissional, na segunda metade dos anos 70, Olavo Setúbal, então prefeito de São Paulo e presidente do Grupo Itaú – dono da Duratex e da Deca, onde eu era engenheiro –, disse, em seu discurso de fim de ano, que “é nos momentos de crise que devemos investir, pois quando os outros repararem, nós já estaremos na frente”. Foi pensando assim que, num momento de sua vida profissional, ele se afastou da Deca a pedido de seu tio e levantou um pequeno banco até torná-lo, hoje em dia, na maior instituição financeira do país.

Um dos casos que mais me chamaram a atenção – e que ensina uma lição sobre como lidar com uma crise – foi o do empresário que perdeu toda a estrutura da sua empresa na crise das enchentes no Vale do Itajaí, no ano passado. Em vez de demitir os funcionários, cujas casas também haviam sido atingidas, ele firmou um pacto coletivo: não mandaria ninguém embora, contanto que eles trabalhassem para reerguer a empresa e colocá-la novamente em marcha.
Situações como esta mostram que crise é oportunidade, e gente com visão empreendedora e disposição deve estar preocupada sim com o momento atual, mas também precisa enxergar que é hora de investir no novo, de desbravar as possibilidades para encontrar novas fronteira para o negócio, e de se preparar para as oportunidades que o futuro próximo reserva.

Às vezes, no desespero da falta de dinheiro, de vendas ou de oportunidades, as empresas demitem, e se esquecem do quanto investiram no treinamento de pessoal. Além disso, é perda de investimento social e de brain, de tudo que o profissional acumulou trabalhando segundo a cultura daquela empresa. Vale pensar também no ônus de repor esse profissional. Quanto tempo levará para o substituto ser treinado? Quando terá experiência suficiente? Quanto tudo isso vai custar? Ainda vem o pior: o capital de conhecimento e experiência que um profissional carrega quando é demitido pode, muito rapidamente, ser aproveitado pelo maior concorrente.

A não-demissão é um investimento sobre o investimento passado, sobre toda a integração, a adequação à cultura da empresa e sobre todo tipo de treinamento já realizado em sala de aula ou na empresa, sejam visitas e cursos ou mesmo para aprender a operar uma máquina. O ideal é fazer como a Weg, de Jaraguá do Sul: aproveitar o momento para desenvolver o corpo pensante da empresa. Treinar, educar, desenvolver. E, por outro lado, investir em fortalecimento de marca, ressaltando principalmente a responsabilidade social das instituições, seja por meio de investimento na comunidade ou mesmo mantendo seus funcionários empregados.
Otimizar processos e valorizar as ideias inovadoras de quem faz parte do time de uma empresa é regra em qualquer tempo, mas mais ainda nos meses de crise. E, para completar, é a hora certa de deixar crescer os grandes empresários, homens e mulheres de visão. Se é na guerra que se conhecem os grandes generais, é na crise que se conhecem os grandes executivos.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O FUNDAMENTO DA LIDERANÇA

ABRAHAM SHAPIRO





ABRAHAM SHAPIRO

Acabo de reler uma das referências bibliográficas sobre liderança. O livro é "As 21 Leis Irrefutáveis da Liderança", de John C. Maxwell. Numa das reflexões excepcionais desta obra se encontra:

“Muitas pessoas pensam em liderança da mesma forma como pensam em sucesso, pois esperam chegar o mais alto possível, subir a ladeira, conseguir a posição mais alta possível para seu talento. Mas, contrariamente ao pensamento convencional, acredito que, em liderança, o resultado final não é a que ponto chegamos, mas a que ponto levamos os outros. Isso se consegue servindo aos outros e agregando valor à vida deles. A interação entre líder e seguidor é um relacionamento, e todos os relacionamentos acrescentam ou subtraem algo da vida de uma pessoa”.

Esta visão é perfeita! Ela recorda o cuidado que é preciso ter com o impacto positivo ou negativo que toda relação causa – muito em especial na liderança.

Lembro-me de uma história que ouvi, certa vez, cujo cenário é um famoso circo. A Mulher Barbada e o Homem Mais Forte do Mundo se apaixononaram, e decidiram iniciar uma família. Logo, a Mulher Marbada ficou grávida. Poucas semanas antes de dar à luz, o diretor do circo veio visitá-la.

- "Como vai você?" o diretor perguntou: "Você está bem?"

- "Sim, obrigada. Sinto-me muito feliz", disse a Mulher Barbada, "Nós temos muitos planos para o bebê. Queremos ser pais participativos e orientadores".

- "Isso é realmente muito bom – diz o diretor. “Vocês querem um menino ou uma menina?",

- "Oh, não importa, desde que seja saudável", disse a mulher barbada, "e que se encaixe perfeitamente no canhão".

Assim como é quase impossível aos pais realizarem seus próprios sonhos ao definir a profissão dos filhos, um líder precisa, antes, conhecer as aptidões reais de seu pessoal a fim de alocá-los nos lugares onde conseguirão realizar seus potenciais e, assim, tornarem-se eficazes.

Um líder verdadeiro, autêntico, sempre irá atuar no desenvolvimento de seus seguidores ou subordinados. Ele pode e deve ajudá-los quanto ao direcionamento de suas carreiras, aconselhando-os, mostrando rumos possíveis às suas aspirações e treinando-os para que sejam bons profissionais.

Em liderança, o resultado final não é “a que ponto nós chegamos”, mas “a que ponto nós levamos os outros”.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
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