quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O perfil humano das novas lideranças



“Se tratamos as pessoas como elas devem ser, nós as ajudamos a se tornarem o que elas são capazes de ser”. Goethe.
As empresas estão certas de que no âmbito da gestão de pessoas tornou-se crucial a adoção de um novo perfil que sugira, também, um novo modo de pensar e agir quanto ao incentivo das práticas da nova liderança. Mas, a despeito da maioria dos líderes considerarem o trabalho em equipe importante e investir na formação de um time de alto desempenho, ainda é notória a dificuldade quanto à adoção dos conceitos da nova liderança nas células de trabalho.
É fundamental que o novo líder seja flexível e consiga inteirar-se das necessidades e expectativas do grupo, despertando em todos o desejo de cooperar por disposição própria e não por imposição. “Pessoas precisam ser tratadas cada vez mais como parceiras e não mais como empregadas”, Peter Drucker. Esse é o estímulo e o caminho para a configuração da liderança essencial.
Entende-se que o próprio ritmo imposto pelas demandas inerentes à função do líder, somado ao compromisso com a entrega dos resultados, traz dificuldades à proposição do trabalho colaborativo. Afinal, muitas vezes é mais rápido fazer por si mesmo do que dispor de tempo para formar pessoas até que tenham condição de contribuir de forma autônoma. Mas, esse é o principal papel do líder: desenvolver àqueles que estão sob a sua responsabilidade.
O perfil das novas lideranças é permeado por conceitos, tais como: aprendizado em grupo, relações interativas, ações colaborativas, criação de alianças e melhoria do ambiente de trabalho, mas todos ficam sujeitos à percepção particular de cada indivíduo. Cabe ao gestor interpretar e criar um sentido comum quanto ao trabalho em equipe, através de um esforço conjunto que contemple o bem estar da empresa e de seu contingente humano.
Um líder que não conheça a si mesmo, não conseguirá conhecer sua equipe. O autoconhecimento tem papel de destaque dentre as habilidades do novo líder, que deve estar sempre atento às expectativas e necessidade dos seus colaboradores. Para isso é essencial que, antes de tudo, tenha conhecimento de seus talentos e limitações, através de uma autoavaliação justa que o permita, a partir de si próprio, entender e considerar o perfil de seus colaboradores.
“É imperativo ter consciência de que as pessoas são feitas de corpo, mente, emoções e espírito”, Stephen Covey. Equipes não devem ser gerenciadas, mas, sim, lideradas. Desse modo, enxergar as pessoas na sua complexidade e estimular o potencial de realização de cada uma delas, oferecendo-lhes um modelo de conduta pautado na consideração e respeito mútuo, é o único modo de garantir a conquista dos resultados e a manutenção dos talentos de uma empresa.
No cenário atual não há mais espaço para que os gestores reproduzam o modelo onde o colaborador é um ativo da empresa, devendo assim ser controlado e não orientado. Na esfera das novas lideranças considera-se, enquanto premissa básica, a eficácia dos modelos de gestão de pessoas em linha com as necessidades e expectativas do grupo.
O líder, através das suas atitudes e iniciativas, deve ilustrar a mudança que deseja provocar na sua equipe. Deve, pelo exemplo, suscitar nos seus liderados o desejo de segui-lo, pois “se a palavra ilustra, o exemplo arrasta”, a referência é fundamental. No sentido das novas lideranças, se um gestor consegue inspirar seus colaboradores a sonhar mais, aprender mais e tornar-se mais, certamente estará cumprindo com maestria a missão do líder.

Por:

Waleska Farias

http://www.hsm.com.br/blog/author/waleska_farias/

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