sexta-feira, 15 de abril de 2011

Fábrica de Líderes

Veja a proposta de Vicente Falconi para a expansão e aumento de desempenho


Vicente Falconi, o mais renomado consultor de gestão do Brasil, comenta no livro “O Verdadeiro Poder”, de sua autoria, que tem visto em várias organizações governamentais e não governamentais, gerentes e diretores serem escolhidos porque são bons técnicos.

“Nada impede que sejam bons técnicos. No entanto, o principal fator que deve nortear a escolha destes profissionais é a sua capacidade de liderança, sua dedicação na construção do conteúdo da liderança e seus valores comprovados na convivência do dia a dia”.

Avaliando tudo que viu em sua vida, Falconi afirma que estes são os principais atributos de um líder devotado à construção da empresa e a tornar dispensável a sua própria condição de liderança fazendo de seu cargo algo institucional. Para ele, este é o patamar da excelência.

O professor explica que o processo de recrutamento e seleção geralmente aumenta a probabilidade de que a empresa recrute e selecione os melhores valores para as suas necessidades. No entanto, este processo não é perfeito e a verdadeira seleção é feita ao longo dos anos pela observação de cada um em seu trabalho.

Esta observação é registrada pelo processo de avaliação do desempenho, que analisa a capacidade de cada pessoa de atingir as suas metas e o alinhamento de cada um aos valores estabelecidos pela empresa. “À medida que a pessoa sobe na hierarquia da empresa, vai sendo avaliada e selecionada até que a indicação dos gerentes e diretores da empresa possa ser feita com bastante segurança”.

Uma das conclusões desta crença é a de que nada impede que se recrutem pessoas de outras empresas para ocupar cargos com necessidades específicas; no entanto, a certeza de acerto só é obtida promovendo valores internos.

A outra, é a de que os seres humanos têm velocidades de aprendizado diferentes, e portanto haverá pessoas que devem ter um treinamento especial, mais concentrado, e ser testadas em novas posições mais cedo.

A conclusão final é que uma empresa deve montar uma “Fábrica de Líderes” para que possa crescer segura de que terá os valores de que necessita a cada expansão. Falconi cita o exemplo da AB-InBev.

 “Na formação da InBev, e agora AB-InBev, 100 executivos da AmBev optaram por serem transferidos para a InBev e isto em nada atrapalhou o desempenho da AmBev. Isto aconteceu porque desde 1990 já se trabalhava na montagem da Fábrica de Líderes e havia mais de 100 substitutos disponíveis para promoção, no mesmo padrão daqueles que saíram”. Para ele, só uma competente fábrica de líderes permite tornar a liderança uma posição institucional e não pessoal. “Para os bons técnicos deve ser provida uma carreira de prestígio e bem remunerada, mas não necessariamente de chefia”, finaliza.

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