segunda-feira, 21 de março de 2011

Almas saciadas, vidas desanimadas.



José Luiz Tejon Megido

Sem a boa rebeldia, e os incômodos das crises, não prosperamos. Achamos que perseguir o equilíbrio e o conforto representaria uma vida auspiciosa e plena de realizações.
Que bom, se na realidade terrena, isto pudesse ser observado e constatado pelas métricas disponíveis. Os choques, por mais indesejáveis que sejam , acordam a filosofia do ser, despertam o vigor da alma para a razão do viver : experienciar e aprender.
Após a queda das torres em Nova Iorque, em setembro de   2001, vimos o menor índice de suicidios na história daquela cidade, desde 1930. Intrigante, não ? O Japão irá se reerguer da ” policatástrofe ” sofrida, e inverter a curva estagnada da sua sociedade.
Nas reais dificuldades ocorre a retomada da confiança, extirpa-se o desânimo, as zonas de conforto, e as almas voltam a ficar famintas, com fome, sede,  e necessidade de recriação da vida.
Quando a alma do ser humano está saciada, a vontade da vida fica desanimada, a entropia galopa e queremos parar o mundo. O mundo, a vida e todas as organizações não param. São movidas por uma inexplicável força, cuja única hipótese material que conseguimos até agora para tentar explicar,  é a palavra Deus.
Somos viajantes dessa estrela insaciável criadora de todas as transformações. Liderar exige perseguir os tres universos : o das certezas que nos cercam, o das infinitas incertezas que a tudo envolve e a fonte interior do autoconhecimento. Lideres jamais desistem pois suas almas tem fome de vida.

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