segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O TRABALHO EM EQUIPE COMO FATOR DE QUALIDADE



As transformações sociais pelas quais passamos nas últimas décadas também desencadearam mudanças nas relações de trabalho. O conceito de competência foi ampliado e hoje ser competente não significa apenas demonstrar o conhecimento técnico exigido pela profissão, mas também ter autonomia para solucionar problemas e disposição para participar ativamente no ambiente de trabalho, tomando decisões e assumindo responsabilidades com base no trabalho em equipe.
Em outras palavras, qualificação esta baseada no conjunto de capacidades técnicas, mas principalmente na capacidade de organizar, coordenar, inovar, agir em situações nem sempre previsíveis, decidir e cooperar com a equipe de trabalho. Essas competências, construídas mediante aprendizagem em situações de trabalho ou não, configuram-se hoje como indispensáveis para o profissional garantir seu lugar ao sol.
A pergunta-se que se faz é: "Como adquirir todas essas competências de caráter técnico, pessoal, social e participativo?". É claro que a vida se incumbe de ensinar a cada um, dentro de seus círculos sociais, muitas dessas competências, porém nosso objetivo aqui é repassar algumas técnicas, estimular o desenvolvimento das capacidades sócio-comunicativas dos futuros, uma vez que aprender a se comunicar e a viver em grupo também implica novas responsabilidades sociais.
Habilidades como saber se comunicar, negociar no grupo, apresentar as próprias idéias, discutir, ser curioso, saber ouvir, valorizar a opinião dos membros do grupo e perceber como a diversidade de visões sobre um mesmo problema enriquece uma discussão são atributos indispensáveis para o processo do trabalho em equipe.
 É preciso saber que não há espaço para individualismos no trabalho em equipe. Toda atividade é entendido como resultado de um esforço conjunto e, portanto, as glorias e os fracassos são de responsabilidade de todos os membros da equipe e não de um único membro. O sentido de equipe nasce da integração individuo/organização, evidenciada pela adesão espontânea aos compromissos e metas, sem a imposição de valores ou procedimentos. Só existe equipe quando todos conhecem os próprios objetivos e as metas da empresa e desenvolvem uma visão critica a respeito do desempenho de cada um e do grupo.
No trabalho em equipe, quando um perde, todos perdem; quando um ganha, todos ganham; quando todos cooperam, fica mais fácil realizar as atividades e os serviços ganham em produtividade e qualidade.
Fonte: http://www.artigonal.com/recursos-humanos-artigos/trabalho-em-equipe-fator-da-qualidade-518820.html

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O QUE OCORRE NA FALTA DE FEEDBACK


ABRAHAM SHAPIRO


Tente ignorar uma criança. A princípio, ela pedirá sua atenção de modo positivo e leve. Se você prosseguir ignorando-a, já já ouvirá barulho, choro ou gritos.

Isto não se aplica só a crianças. Observe o que ocorre com prisioneiros quando confinados na solitária. Eles tornam-se capazes de qualquer coisa para sairem dali, inclusive de melhorar seu comportamento por um tempo. Tudo para evitar uma situação com pouco ou nenhum feedback.

Feedback é uma palavra que, em termos de administração, significa o procedimento que provê uma pessoa de informação sobre o seu desempenho, conduta, ou ação que ela tenha executado, com o objetivo de reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados.

Dar feedback não é uma simples gentileza. É uma necessidade. Qualquer feedback, mesmo negativo, é melhor do que nenhum. No entanto, em muitas empresas a praxe categórica dos gestores é não dar feedback a funcionário algum e em ocasião nenhuma. 

Isto é péssimo, pois, o ser humano anseia por feedback honesto e sincero.

Pense naquela tradicional cena do marido já nervoso com o atraso da mulher que se arruma para uma festa, quando ela aparece e lhe pergunta:

- E então? Este casaco fica bem em mim?

- Ficou ótimo, maravilhoso! – responde ele tentanto abreviar a conversa.

E ela conclui:

- Eu sabia que estou péssima. Não consigo achar outra coisa melhor para vestir!

Palavras paternalistas ou que simplesmente deem jeitinho na situação para que tudo pareça bem não são feedbacks.

Aqueles gestores indiferentes têm grande dificuldade em conseguir que seus funcionários  atinjam resultados. A razão? Falta  feedback.

E você sabe o que ocorre a uma pessoa que não recebe feedback? Sua mente fabricará o seu próprio. Só há um detalhe. Geralmente um feedback autofabricado se baseará nos piores medos ou receios da pessoa.

Não é por acaso que a falta de confiança e problemas de comunicação sejam os maiores pontos fracos de quase todas empresas. 

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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou             (43) 8814 1473      

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quais são as características de um bom líder e por que ele é fundamental na evolução e no crescimento de uma empresa



Por Pedro Machado
pedro@noticenter.com.br

O bom líder...
1. Assume que quanto mais pessoas souberem das coisas, melhor. O bom líder não retém conhecimento.
2. Não perde a humildade jamais. Trata sua equipe como um elenco que trabalha no dia-a-dia, enquanto a ele cabe ficar nos bastidores.
3. Gera confiança e confia. A desconfiança e a gestão pela busca de culpados são traços negativos que levam a uma cultura organizacional negativa: a do medo em assumir riscos e errar.
4. Comunica-se bem e desenvolve empatia com seus liderados.
5. É exemplo. O líder deve representar aquilo que a empresa apresenta como proposta de valor para o profissional (tanto ao novo que está entrando quanto ao que já está lá).














O naufrágio do transatlântico Costa Concordia, há duas semanas na costa da Itália, tomou conta do noticiário internacional não apenas pela dimensão da tragédia em si – que matou, até agora, pelo menos 15 pessoas –, mas principalmente pela postura do comandante Francesco Schettino. Ao, literalmente, abandonar o barco, Schettino deu um belo exemplo de como um líder não deve agir. Como autoridade máxima do navio, cabia a ele comandar as operações de resgate das 4,2 mil pessoas a bordo. “Ao escolher se salvar em primeiro lugar, Schettino não só demonstrou despreparo para enfrentar uma situação adversa, um dos piores pecados de alguém que ocupa uma função de liderança, como fez pior: quebrou a confiança daqueles que estavam a bordo”, comenta Flávia Kurth, diretora-executiva da Véli Soluções em RH.
O caso reflete uma realidade que tem assustado o mundo corporativo, e que não é de hoje: bons líderes estão cada vez mais escassos. A pesquisa “Sonhos e pesadelos dos profissionais de RH”, realizada recentemente pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), mostra que quase 64% dos profissionais consultados acreditam que as empresas não têm líderes suficientes para suprir as necessidades dos próximos três anos. Um dado preocupante, que pode limitar o crescimento das organizações em um bom momento de expansão econômica do país.
Para Monica Schmaida, consultora da Véli, a postura de pessoas que ocupam cargos de liderança tem um impacto decisivo na evolução de uma empresa. São eles que definem a estrátegia que a empresa ou setor irá seguir para alcançar os resultados estabelecidos. Alguns líderes como Steve Jobs (Apple), Bill Gates (Microsoft), Silvio Santos (SBT) e Mark Zuckerberg (Facebook) são conhecidos pelas escolhas e atitudes demonstradas em momentos singulares. No entanto, a especialista lembra que líderes são pessoas admiradas e que inspiram os profissionais que trabalham para eles, independentemente de serem famosos ou não.
Em entrevista concedida ao Noticenter, Flávia e Monica explicam por que os líderes são agentes de sucesso (ou de naufrágio!) das empresas e apontam as principais características que profissionais em cargos de comando e chefia precisam ter para conduzir os negócios – e, acima de tudo, as pessoas.
ADMIRAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR
O líder precisa ser admirado pelos profissionais que comanda, e admiração é algo que se conquista. “Grandes líderes da história e dos negócios conseguiram fazer revoluções porque conquistaram a admiração do seu povo. Despertaram seus sonhos e a confiança de que eles seriam possíveis de realizar”, comenta Monica.
Para desenvolver esse carisma, não é necessário ocupar cargo de chefia, mas sim ter atitude. Essa admiração não deve estar relacionada apenas à sua superioridade hierárquica (é bom lembrar que nem todo líder é, necessariamente, um chefe), mas principalmente pelo relacionamento com seu público. “Hoje em dia, os profissionais se sentem mais seguros para questionar atitudes e decisões do líder”, avalia Flávia. “Quando o líder não é admirado por sua equipe, raramente os negócios vão fluir de maneira positiva”, completa. “É como os jogadores de um time de futebol que fazem corpo mole em campo para derrubar um treinador porque não o respeitam ou não acreditam em sua filosofia de trabalho”, compara Monica.
Dar voz para a equipe, reconhecer e incentivar boas ideias e valorizar os profissionais são algumas das obrigações que todo bom líder deve ter para conduzir com sucesso uma empresa.
O LÍDER PRECISA TRANSMITIR CONFIANÇA
Uma espécie de porto seguro, onde os liderados possam buscar apoio, afirmação, feedback e crescimento. O líder não precisa ter todas as respostas, mas precisa saber estimular seu time para que ele chegue à melhor resposta. Precisa saber mediar conflitos, ter empatia, entender os dois lados e tomar a melhor decisão para a empresa e a mais justa para os colaboradores. 
Nos momentos críticos e situações de crise, um líder não pode transparecer covardia e medo. Precisa ser ponderado e ter atitude para não causar pânico. “É dever do líder buscar alternativas em cenários adversos, mesmo que ele, inicialmente, não enxergue solução para o problema”, diz Flávia. “Ele precisa estar presente, chamar a responsabilidade para si”, acrescenta a especialista.
No caso da tragédia na Itália, foi o comandante da Capitania dos Portos, Gregorio de Falco, que se transformou em exemplo de liderança ao ordenar que Francesco Schettino voltasse para o navio para comandar a operação de resgate dos passageiros a bordo. A postura negativa de Schettino pode custar caro à empresa operadora dos cruzeiros, que teve danos irreparáveis à sua imagem institucional.
AS PESSOAS DEVEM SE SENTIR PROTAGONISTAS
Uma situação corriqueira no mundo corporativo é a busca por posições hierarquicamente superiores por simples questão de vaidade ou status. Quando a necessidade de conquistar prestígio pessoal fala mais alto do que a vontade de ajudar a empresa e as pessoas a crescerem, o risco se torna eminente. “O líder não é a empresa”, afirma Mônica. “Ele é aquele que vai conduzir as pessoas para que os resultados apareçam. Portanto, precisa saber entrar e sair de cena, dividir os louros com a equipe e assumir as críticas”, complementa.
DIVISÃO DE CONHECIMENTOS
Bons líderes não têm receio de compartilhar o que sabem. E também são maduros e humildes o suficiente para se disporem a aprender com seus subordinados. Afinal, eles é que estão nas trincheiras do dia a dia, conhecem a realidade da empresa e o melhor: estão loucos para serem ouvidos.
Se ter a confiança da equipe é um fator primordial para o sucesso dos negócios, o contrário também se aplica. Quem ocupa um cargo de liderança precisa contar com o apoio de uma retaguarda. Traduzindo: não pode ser centralizador e precisa saber direcionar tarefas e cobrar resultados. Da mesma forma, deve treinar possíveis sucessores. “No final das contas, as pessoas passam e a empresa sempre fica”, lembra Flávia.
A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
Além da experiência do mercado na bagagem, um líder tem de ser um bom articulador e comunicador. Às vezes, essas características são até mais importantes do que o próprio conhecimento técnico. Muitos profissionais que ascendem a um cargo de liderança depois de se destacarem na área operacional encontram dificuldades para se expressarem ou transmitirem aquilo que desejam.
Matéria publicada em 25/01/2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Aprendizagem é como descer uma colina coberta de neve.



A escolha entre o conhecido e o inesperado!


Você está no alto da colina. O dia está claro, o sol brilha e você vai testar sua habilidade em andar de trenó na neve. Você fez todas as aulas preparatórias e tem confiança que vai se sair bem, mas até o presente momento você nunca desceu uma colina coberta de neve.
Começou! Inicialmente lento e no momento que começa a ganhar velocidade em cima do trenó, você percebe que está preparado para o desafio e a sensação em descer a colina é maravilhosa e o sentimento é de conquista! Seu traçado na neve foi firme e objetivo. Parabéns você aprendeu a pilotar um trenó! O mais interessante nessa pequena estória são os próximos passos do seu aprendizado…
A chance de que você cada vez que for começar a descer a colina de trenó repetir o mesmo traçado é progressivamente exponencial. Quanto mais você desempenha determinada ação, mais automática ela se torna e mais difícil fica de mudá-la. Isso é essencial para a nossa sobrevivência, pois é diminuindo o tempo de resposta a cada escolha que nós ganhamos produtividade e eficiência! Hábitos estabelecidos
há muito tempo requerem muito e intenso esforço para serem mudados. Voltando ao trenó, pode ser necessário que você tenha que partir de um local diferente para evitar cair na armadilha da mesma trilha!
Só aprendizado por si só é insuficiente para produzir uma mudança efetiva. Após um curso ou treinamento preciso garantir a transferência do aprendizado, ou seja, um ambiente onde seja permitido errar, experimentar novas aplicações dos conceitos aprendidos e principalmente,que o aprendiz receba feedback e reconhecimento pelos seu comportamento. 

São três os principais fatores que afetam a transferência do aprendizado:

1.    Capacidade de usar (habilidade pessoal, validade do conteúdo…)
2.    Motivação para usar (acreditar que o uso irá melhorar o desempenho)
3.    Ambiente de trabalho (relacionamento com o gestor, interação com os colegas e sistemas de recompensas…)

E aqui vai uma dicaduka: quando você voltar ao trabalho vindo de um treinamento converse com o seu líder. Conte para ele o que você aprendeu; como você pode aplicar o que aprendeu; quais os novos comportamentos que você ira apresentar e principalmente os resultados que você espera alcançar. Na nossa analogia do trenó, quando você voltar do curso de condução de trenó, conte para ele sobre a sensação da descoberta quando você desceu pela 1ª vez a colina e avise que você irá tentar descer de locais diferentes, experimentando novas trilhas e é importante que ele te apoie nessa decisão. Trabalhar com o inesperado em cada descida, fará de você cada vez mais um ótimo piloto de trenó!
Mochila nas costas e até a próxima trilha!

Professor Paulo Campos tem 20 anos de experiência em soluções de aprendizagem(EnsinarAprender e Liderar).

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PRAZER DA REALIZAÇÃO x ORGULHO



ABRAHAM SHAPIRO

Imagine que você ganhasse 10 milhões de reais na Mega Sena. Que alegria! Mas imagine também que, passadas algumas semanas, entrevistas em jornais, programas de tv,  o fizessem tão importante a ponto de você começar a pensar que sua fortuna foi alcançada graças à sua incrível inteligência e habilidade com números. Seria ridículo, não?
Suponha agora que você desenvolvesse um produto que rendesse um lucro real de 10 milhões de reais. É bem provável que você se sentisse um grande inventor. Isto seria perfeitamente justificável diante das pessoas. É que desta vez não há nada de anormal. Todos entendem tratar-se de um verdadeiro mérito resultante de seu esfrorço.
Eu conheço muitas pessoas que após terem herdado fortuna de seus pais ou antepassados, chegaram a acreditar que esta riqueza foi um mérito seu. Vi isto ocorrer mesmo com pessoas que não acrescentaram um único tostão ao que herdaram. Qual a causa disto? Orgulho.
O orgulho é um estado que decorre da pessoa dizer a si mesma: “Eu sou demais. Sou o máximo! Mamãe, estou no topo do mundo!”
Por outro lado, existe uma emoção positiva quando se alcançam objetivos. E ela se chama “Prazer da Realização”. Que tipo de prazer é este? É o sentimento que nos leva a dizer: “Graças a Deus, realizei algo importante. Mesmo não sendo melhor que ninguém, consegui”, ou ainda “Minha equipe e eu alcançamos um excelente resultado. Como é bom contar com o esforço de todos!”
Há um limite que separa o orgulho do prazer da realização. Não é fácil distinguir esta fronteira. Porém é simples. Na prática, basta não atribuir méritos a si mesmo, isto é, educar-se para evitar a condição “eu mereço”, “eu sou o melhor”. Ninguém é melhor que ninguém. Todos nós precisamos uns dos outros. Não podemos e nem devemos desprezar os demais.
Na sua vida há algo que você tenha alcançado com muito esforço? E por isso o que você sente? Gratidão? Orgulho? Muito cuidado. A escolha de um entre estes dois estados de espírito revelará quem você realmente é. 
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou             (43) 8814 1473      

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O caminho para a presidência


Se você quer chegar lá precisar não só estudar, mas fazer seu network, trabalhar sob pressão, oferecer resultados e muito mais. Veja as dicas de especialistas
Por Amanda Camasmie

As chances de se tornar presidente aumentam quando você faz carreira dentro da empresa
De office-boy a presidente. Você já deve ter ouvido histórias de sucesso que seguiram essa trajetória. São profissionais que fizeram carreira na empresa e estiveram fiéis nos momentos bons e ruins – pessoas com as quais se pode contar a qualquer momento. Esse perfil continua a ser o queridinho das companhias e ponto positivo para quem quer subir alguns degraus.
Mas para chegar à presidência, será preciso fazer muito mais. E começar cedo. Para auxiliá-lo nesta trajetória, fomos atrás de dicas de especialistas. Com a palavra Paulo Pontes, presidente da Michael Page no Brasil, empresa de recrutamento e seleção, e Mariciane Gemin, sócia-gerente regional da Asap, consultoria de recrutamento e seleção de executivos de média gerência.
Seja um trainee 
Esse pode ser um passo importante para começar: se inscrever nos programas de Trainee das empresas que admira. Você entra recém-formado, faz um job rotation [rodízio entre as áreas] e entende o funcionamento da companhia. “É importante compartilhar outras culturas e modelos de gestão para ser um profissional mais completo e preparado para assumir a presidência”, afirma Mariciane, da Asap.
Fuja da ilha 
Não se isole. Comece a construir a sua rede de contatos desde o início da carreira e procure conversar com eles frequentemente, não apenas quando você está buscando um novo emprego. Vá a workshops, palestras, feiras, tudo o que surgir da sua área. Esses locais geralmente são frequentados por headhunters (caça-talentos) e é a sua chance de conhecê-los e fazer com que eles se lembrem de você. Não esqueça de levar o seu cartão de visitas. E se não tiver, simplesmente se apresente. O que não pode é não se envolver com o mercado.
Faça um bom círculo 
Você tem que se cercar de pessoas competentes. “Os profissionais têm medo de liderar pessoas muito talentosas. Mas é totalmente o oposto. Uma das coisas que te leva para o topo é a oportunidade de trabalhar com gente melhor do que você”, afirma Pontes.
Estude, estude e estude... 
Busque sempre aprimoramento profissional. A busca de conhecimento nunca é demais. Mas não precisa ser apenas em graduação, pós-graduação, MBA ou mestrado. Faça também coaching e mentoring, cursos que vão complementar o seu desenvolvimento interno. Procure por cursos de liderança e de idiomas. “As pessoas ainda subestimam a necessidade de ter fluência em idiomas. Impossível ser um presidente, principalmente em empresas multinacionais, sem ter um inglês impecável”, afirma Pontes, da Michael Page. Mas ele acrescenta que é preciso ser um inglês para negócios. “Existem cursos de curta duração em universidades como Harvard e New York University. Tem que ser feito no exterior para aprender os termos técnicos. Em alguns momentos, o profissional pode se reciclar com cursos rápidos no Brasil”, diz.
Adquira vivência 
“Formação acadêmica é importante, mas não forma nenhum presidente”, afirma Mariciane. É preciso ter vivência, conhecer diversas regiões dentro e fora do país. Isso te ajudará a ter uma visão mais diversificada sobre as coisas e a enxergar as situações de variadas formas.
Esteja disponível 
Nunca responda “não tenho disponibilidade para viajar”. Se você almeja a presidência, precisa estar sempre disponível. “Não conheço nenhum grande executivo que não esteja sempre de mala pronta. Se o profissional não tem disponibilidade para viajar, as chances são muito menores”, afirma Mariciane. E se for necessário, o executivo também precisará morar em outra cidade ou país. “Um presidente não pode ter restrições”, diz.
Saiba sobre finanças 
É preciso ter uma noção sobre finanças, mas não ser um especialista. A habilidade financeira é inerente a uma empresa de vendas. Mas um presidente que não entende tanto dessa área será mais inteligente se ele se escorar no diretor financeiro para tomar as melhores decisões, de acordo com Pontes.
Fale e ouça
Um bom presidente precisa ser um maestro, alguém que mostra caminhos e inspira as pessoas. Segundo Mariciane, quanto menos formalidade, mais acesso a informação esse executivo terá. Para ela, quem lidera com tom de arrogância e autoritarismo não terá mais espaço nesse novo cenário corporativo.
Aprenda a oferecer resultados 
Comece desde cedo a mostrar que traz resultados. Em empresas abertas, o presidente precisa pensar sempre no retorno ao acionista. Eles não permanecem no cargo se não garantem esse retorno. “É preciso a todo momento identificar oportunidades que gerem valor para o negócio”, diz Mariciane. Lembre-se que qualquer passo será questionado, desde uma ação em uma rede social até um investimento muito grande.
Saiba lidar com pressão 

Se você não tem equilíbrio para lidar com diferentes cenários, dificilmente conseguirá se tornar presidente. Não basta ser bom apenas tecnicamente, aliás esse nem é o ponto mais importante, o que conta mais é a visão estratégica. “Se o profissional tem dificuldade de lidar com mudanças, já perde pontos”, diz Mariciane.
Aprenda que relaxar é importante 

Calma, não é preciso abrir mão da sua vida social. Pelo contrário. Nas palavras de Mariciane, se o profissional fica muito ‘full time’ quer dizer que ele é centralizador. Se você quer ser um presidente exemplar, prime pela qualidade de vida.
Tenha postura

Se você quer algo, é preciso mostrar. Seja uma pessoa altamente inspiradora, faça com que as pessoas a sua volta entreguem resultados. E lembre-se que gestão não pode ser paternalista, é preciso fazer a roda andar.
Deixe uma boa marca 

Equipes, pares e líderes. Procure deixar uma boa impressão em qualquer lugar por onde passar, mesmo que não seja a empresa dos seus sonhos. Quem sabe algum desses profissionais é contratado pela companhia que você sempre quis e lembra de você?
Não esqueça de fazer carreira 

Lembre-se que os queridinhos das empresas são aqueles que se dedicam a ela por longos anos. Pontes conta que aliada a todas essas dicas, uma das maneiras mais rápidas de se chegar a presidência de uma empresa é fazer carreira nela. “A companhia precisa criar uma relação de confiança com você”, afirma. Por isso, pare de pular em galho e galho e foque nos seus objetivos.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O CIÚME NAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS


ABRAHAM SHAPIRO
Ciúme é a reação a uma ameaça a uma relação valiosa ou à sua qualidade. O ciúme provoca o temor da perda e envolve sempre três ou mais pessoas: a pessoa que sente ciúmes, a pessoa de quem se sente ciúmes, e a terceira ou terceiras pessoas que são o motivo dos ciúmes.

Uma curiosidade: ciúme não é uma característica exclusiva dos amantes. É um sentimento que pode também arruinar relacionamentos profissionais. E a situação piora quando o ciumento é um gestor.

Um líder irá expressar seu ciúme de diferentes maneiras: com os seus colaboradores em relação a outro gestor, com o seu trabalho, e até mesmo quando ele não quiser que o funcionário seja promovido, só porque terá de deixar a equipe.

Uma rápida análise. O gestor ciumento sempre será alguém imaturo. Sim, pois tanto o ciúme quanto a inveja são manifestações de desequilíbrio emocional.

Por que se sente ciúme? A primeira grande razão é a insegurança pessoal. O ciumento não acredita em si.  Outro motivo é que a emoção ultrapassa a razão – o que é e sempre será perigoso em se falando de trabalho. O ciumento não sabe separar as coisas.

Vamos a alguns sinais do ciúme corporativo. O gestor ciumento desejará que os seus colaboradores dependam dele o tempo todo. Ele fará que tudo passe por suas mãos. E não é só. Ele ainda ficará incomodado quando outro gestor, de algum modo, relacionar-se com a sua equipe.

Até certo ponto é comum encontrar pessoas que não sabem separar sentimentos da razão. É o que acontece com gente que facilmente cria vínculos de amizade com os colegas.  Empresa não é lugar onde se possa cultivar amigos. Toda amizade no ambiente de trabalho tende a ser nociva, pois confunde situações e relações. Amizade pressupõe cumplicidade.

Como se resolve o ciúme? Bem, dependendo da intensidade é preciso tratamento psicológico.

De modo simples, pode-se dizer que, via de regra, qualquer indivíduo que agir de modo profissional obrigatoriamente acabará aprendendo a separar a emoção da razão. Assim, não será pego nem pelo ciúme e nem por outras situações de alto risco.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

As Pessoas Tem a Chave do Crescimento



A estratégia de negócios é habilitada pelos funcionários. Sem as pessoas corretas, não se faz nada.
O grande desafio de uma empresa em início de operações é, sem dúvida, a escolha dos profissionais que farão parte da equipe. Pessoas são a chave do sucesso de qualquer companhia, em especial, das menores. A estratégia de negócios da organização é habilitada pelos funcionários. Sem as pessoas corretas, não se faz nada.
É comum que, durante o processo de recrutamento e seleção, as start-ups se encantem com aqueles que têm experiências em grandes empresas. Acham que esse fator por si só traz o talento e a competência de que precisam para seu crescimento. Essa, na verdade, é uma grande cilada. Obviamente, aspectos técnicos podem e devem ser observados. Contudo, os responsáveis pelo recrutamento da equipe precisam verificar, principalmente, o perfil empreendedor e a capacidade de trabalhar em uma organização pequena e com poucos recursos.
O empreendedorismo deve ser uma característica comum na busca por todos os profissionais, não somente do dono. Além disso, a personalidade desses profissionais precisa ser compatível com a do empregador. Os funcionários precisam ter agilidade, flexibilidade, energia e capacidade de superar obstáculos e se manter otimista diante das mais adversas situações, que certamente aparecerão.
No caso específico da equipe de vendas, estas características são ainda mais necessárias. O profissional deve saber lidar com a frustração do ‘não’. Ele precisa ir atrás de novos negócios sem se entregar às negativas recebidas. É necessário identificar se o perfil do candidato se encaixa com os atributos da carteira de contas que irá atender. Se é hunter, como chamamos o vendedor que procura novos clientes, ou se éfarmer, o que cultiva os relacionamentos já estabelecidos anteriormente.
 É importante destacar também que, no momento da contratação, é preciso negociar a visão de futuro da companhia com o vendedor e entregar uma proposta que esteja alinhada com a estratégia e perspectivas de crescimento da empresa. Isso faz com que o profissional tenha uma ligação maior com a companhia e se sinta parte fundamental da equipe. Por isso, o acerto da oferta entre venda de futuro e salário é tão importante. Deve-se ter em mente que vendedor caro é aquele que não vende.
Outro caso peculiar é a contratação para a área de marketing. Além da características que já mencionamos do perfil dos vendedores, o profissional deve ter ainda muito jogo de cintura. O trabalho tem que ser desenvolvido com quase nenhum recurso. É necessário dar um tiro certeiro, com objetivo que esteja alinhado à estratégia de negócios da empresa.
Contrate devagar. Escolha as pessoas cuidadosamente. São diversos fatores que precisam ser considerados, por isso o processo deve ser cauteloso. Contudo, se perceber que errou na contratação, demita imediatamente. Prolongar a estadia de alguém com perfil errado contamina negativamente o time e quem perde é a empresa.
Diante de tudo isso, nem sempre as grandes corporações são o local ideal na busca por profissionais para atuação em uma start-up. Existem empreendedores em grandes empresas, mas as maiores chances estão nas empresas menores ou nas próprias start-ups, com porte e processos semelhantes à sua companhia.
Levando em consideraçao o perfil, a capacitação técnica e a proposta de trabalho adequado, você terá os pilares certos para formar uma equipe que levará sua empresa ao êxito. 

Carlos André é vice-presidente geral para a América Latina da Informatica Corporation, fornecedora líder e independente de soluções de software de integração de dados, e também escreveu sobre a hora certa de investir no crescimento.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

5 atitudes que o jovem líder deve ter


  
Sidnei Oliveira
Segundo pesquisas, aproximadamente 20% dos líderes nas empresas pertencem à geração Y e são formados por jovens com elevada qualificação acadêmica. Isso certamente aumenta a expectativa de ascensão, principalmente quando o jovem encontra nas empresas profissionais com qualificação acadêmica inferior.
Contudo, isso também traz efeitos negativos, pois a ascensão a postos de liderança não é composta apenas por conhecimento acadêmico, mas também por conhecimento tácito, adquirido com a experiência funcional.
A falta desse conhecimento tácito em liderança faz com que o jovem líder seja visto como “sem tato” por sua equipe, por isso é indispensável, para todo jovem que pretende ser um bom líder, desenvolver 5 atitudes:
SER FLEXÍVEL – Adaptando sua comunicação a cada público e buscando constantemente um forte entendimento das ferramentas de conexões e das novas tecnologias, usando sua capacidade analítica e conceitual como principal instrumento de adaptação.
CONSTRUIR RELACIONAMENTOS – Garantindo os recursos e ambiente que estimulem a participação de todos em sua equipe. Promovendo a distribuição de atividades de forma desafiadora, buscando o desenvolvimento individual da equipe, sem comprometer os objetivos e resultados.
VALORIZAR A ESTRATÉGIA – Pensando além do momento presente, analisando cenários internos e externos e percebendo tendências que podem ter impacto nas atividades. Aceitando a interferência em suas decisões e objetivos pessoais. Questionando, testando suposições e discutindo as questões abertamente.
PRIORIZAR A INOVAÇÃO – Buscando melhorias através das pessoas, transformando e alinhando os processos em uma desafiadora direção. Considerando sempre a inovação e a mudança, como uma oportunidade de promover o desenvolvimento e a motivação da equipe.
TER ATITUDE – Identificando e lidando com assuntos de forma proativa e persistente, desenvolvendo e executando planos para atingir objetivos organizacionais, definindo prioridades claras, adquirindo, organizando e alavancando recursos disponíveis para atingir resultados sustentáveis com qualidade.
Certamente o tempo trará um novo equilíbrio, na medida que esta geração alcançar posições mais consolidadas, onde possam demostrar maior maturidade e experiência.
Contudo, esse cenário ainda irá pressionar os jovens líderes a uma constante adaptação, pois eles precisam aprender a lidar com os relacionamentos interpessoais usando “ferramentas analógicas”, como as conversas do tipo “olho–no-olho” e não apenas através dos instrumentos virtuais que ele domina com facilidade.